sábado, 21 de janeiro de 2012

Colocando a pescaria em dia!

Amigos: 
Vamos começar a colocar a conversa (e não a pescaria) em dia. 
Durante esses dias aconteceu uma coisa daquelas que apavora a sociedade. 
Eu que pensava que já tinha visto toda desgraça desse mundo como, por exemplo: a grande crise financeira mundial, o Tri-Hexa do São Paulo, os ataques na faixa de Gaza, o ataque ao World Trade Center, a dispensa do Perdigão no Corinthians, mas ainda não tinha tido oportunidade de ver talvez a pior de todas elas, o fil-me “O Segredo de Brokeback Montain”. 
Verdade, justamente eu, doutorando no estudo dos fenômenos relacionados ao homossexualismo ainda não  tinha visto esse filme emblemático. Mas existe uma razão técnica pra isso. Ao contrário do Amato, não tive   coragem de ver esse filme no Frei Caneca – por sinal, tem que ser muito macho pra ser hétero e ter "as moral" de ir ver justamente esse filme no cinema desse Shopping. 
A outra razão está no fato de que, como todo mundo sabe ou deduz, a Locadora que vou tem por proprietários dois simpáticos boiolas – daí como eu iria matar a minha curiosidade mórbida locando “O Segredo de Brokeback Montain” sem queimar o filme. 

Amato

Pois bem, o filme estava passando no Supercine de Sábado. Depois de me divertir como nunca vendo o Zorra Total (estou sendo sarcástico) comecei a acompanhar, inadvertidamente, o filme que vinha na sequência. 
Fui me dar conta que aquele filme era aquele filme quando achei estranho o Coringa do filme do Batman traçando um cara que era a cara do Iuri. Aquela foi a primeira cena que apavorou a sociedade. E eu lá torcendo pro Batman aparecer e salvar o Iuri – e nada dele aparecer... Acabou ficando daquele jeito mesmo, mais pra filme do Buttman do que do Batman... 
Acompanhando o filme descobri que o cara que parecia o Iuri era do Texas – mais uma infeliz coincidência  pro meu amigo. 

Iuri

Já ciente de que filme se tratava, foi horror atrás de horror. Os caras se encontrando depois de 4 anos e se   beijando loucamente. A mulher de um deles flagrando tudo. Um deles dizendo pra mulher que ia passar a noite fora num boteco pra conversar. A desculpa que ia ficar fora todo fim de semana pra “colocar a pescaria em dia”. E a frase de um deles quando abraçadinhos no motel: “Brokeback nos pegou de jeito, hein?”. 
Nunca tinha visto um filme que me causasse tanto medo, espanto e risos ao mesmo tempo. O duro é que meus vizinhos são boiolas e estavam acompanhando o filme também e eu, mesmo me policiando, não consegui me conter algumas vezes com risos altos e/ou expressões de espanto como os tradicionais: “PQP!” e “Minha Nossa Senhora”. 
Aos que estão assustados com o tamanho do meu preconceito eu adianto que tenho consciência de que num futuro próximo, todos seremos homossexuais – basta que nos libertemos de alguns tabus tacanhos.

Abraços,







R.S. Jorge

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